Quando se fala em pessoas viciadas, logo pensamos naquelas que usam drogas ilícitas, abusam da bebida alcoólica ou são fumantes. No entanto, você sabia que existem vícios emocionais e que eles também provocam prejuízos para a vida como um todo?
Esses casos não são raros, na verdade, todos nós apresentamos algum tipo de vício emocional mais expressivo ou sutil. De toda forma, é importante que sejam identificados, a fim de combatermos esse círculo vicioso para impedir que haja consequências negativas.
Pensando nisso, preparamos este artigo para explicar o que são esses vícios, de que maneira surgem, como afetam nossa vida e como é possível combatê-los para ter mais equilíbrio e inteligência emocional. Continue lendo!
Para entender o que é um vício, vamos tomar como exemplo uma pessoa fumante. Ela não consegue deixar o cigarro, precisando dele para que seu corpo se sinta satisfeito. Além disso, isso impacta suas emoções porque o ato de fumar causa relaxamento.
Um fumante precisa manter o hábito constante e continua consumindo o cigarro mesmo sabendo que ele faz mal. Simplesmente, têm uma grande dificuldade para se habituar a ficar sem as sensações que a nicotina provoca. É justamente isso que acontece com os vícios emocionais.
Nesse caso, uma pessoa viciada precisa constantemente experimentar as mesmas sensações e, geralmente, elas são negativas, mas provocam uma resposta orgânica liberando neurotransmissores que promovem uma espécie de satisfação para o organismo e para a mente.
Para entender melhor, pense em uma pessoa que está constantemente estressada. Ela está habituada a viver sob pressão, com a adrenalina e o cortisol que o seu organismo libera. Por isso, tende a sempre procurar problemas com o intuito de satisfazer esse seu vício, o que muitas vezes acontece de forma inconsciente.
Pessoas que apresentam vícios emocionais nem sempre sabem que estão agindo dessa forma. Não compreendem o que acontece e, mesmo assim, se expõem constantemente às situações que liberam esses neurotransmissores que provocam a sensação de satisfação, mesmo que negativa.
Esse comportamento não surge de uma hora para outra. Na verdade, acontece da mesma forma como os demais vícios: pela exposição constante a determinadas situações que provocam impactos em suas emoções e sentimentos, gerando respostas orgânicas.
Isso pode acontecer em qualquer momento da vida, mas tem um marco muito importante, geralmente na infância. Quando a criança é exposta a estímulos emocionais negativos repetitivos, ela se habitua àquilo que sente. Então, durante o restante da sua vida, procura se manter nessa zona de conforto, mesmo que não seja tão confortável assim.
Mas, conforme dito, os vícios emocionais surgem em qualquer idade. Basta que a pessoa esteja constantemente agindo da mesma forma e se submetendo às mesmas situações, como de estresse, raiva, frustração, recomeço ou qualquer outra, e, mesmo que tudo esteja bem, ela procura criar essas situações, inconsciente ou conscientemente, a fim de mais uma vez experimentar as sensações desencadeadas em sua mente e corpo. Porém, de modo geral, isso faz com que se mantenha em um círculo vicioso, sem progredir e afetando quem está ao seu redor.
Os vícios emocionais se mostram sob diversas formas. Existem os mais diferentes tipos e cada pessoa pode desenvolver o seu. Há quem seja viciado, por exemplo, em:
Perceba que alguns desses vícios emocionais afetam frequentemente as pessoas, e causam impactos também para a vida daqueles que estão ao redor delas. Esse é o caso de estar, por exemplo, constantemente reclamando.
Quem não conhece aquela pessoa que nunca está satisfeita com nada? Se chove, está ruim, se faz sol, também não está bom. Existe sempre um motivo para encontrar defeito no que está acontecendo. Esse é um vício emocional muito recorrente.
Existem, também, aquelas pessoas que são explosivas e brigam com todo mundo. Têm sempre palavras agressivas em sua boca e parecem não conseguir tratar os demais com cortesia. Pessoas com esse tipo de comportamento podem ser viciadas em discussões ou em brigas.
Não há como apontar exatamente quais são os vícios emocionais mais comuns, pois cada pessoa apresenta um tipo dele, conforme explicamos. Além disso, nem mesmo ela ou quem está ao seu redor sabe que isso é um problema e, muitas vezes, associam simplesmente a uma característica da personalidade.
O grande problema de qualquer vício é o fato de trazer impactos negativos. No caso dos vícios emocionais, fazem com que a pessoa se mantenha presa a uma realidade que nunca se modifica. Elas estão sempre se autossabotando e se submetendo às mesmas situações e experiências.
Sendo assim, existe uma grande chance de não conseguirem evoluir ou alcançar os seus objetivos. Há, por exemplo, quem seja viciado em recomeçar e esteja sempre encontrando um meio de fracassar em seus projetos, falir com uma empresa e iniciar tudo outra vez.
Os vícios emocionais interferem nos estudos, na carreira e nas relações interpessoais de um modo geral. Pode ser difícil conviver com os outros e até mesmo manter um relacionamento amoroso. Tudo isso dependendo do tipo de vício, mas todos eles prejudicam a saúde mental, a saúde física, o bem-estar e a qualidade de vida.
Para corrigir os vícios emocionais, é preciso identificá-los e promover uma mudança de crenças e comportamentos, a fim de quebrar esse círculo vicioso e experimentar novas experiências. Para vencer esse desafio devemos:
Porém, é preciso estar realmente disposto a mudar e evitar ao máximo a autossabotagem. É fundamental acreditar em si mesmo e se dar uma chance de mudança. Nesse sentido, as terapias holísticas podem ajudar de maneira significativa.
As terapias holísticas são aquelas que visam tratar o ser humano como um todo, considerando os seus aspectos mentais, físicos, emocionais e energéticos. Eles não são tratados de forma separada, mas integrada, constituindo uma abordagem terapêutica completa.
Um dos grandes objetivos das terapias holísticas é promover o autoconhecimento para quem se submete a elas. A pessoa consegue entender melhor os seus próprios pensamentos, suas emoções, sentimentos e o que os estimula.
Por meio de algumas técnicas, conseguimos acessar o subconsciente e encontrar a origem dos problemas, bloqueios e traumas que estejam afetando negativamente a vida. Por isso, são abordagens eficazes para combater os vícios emocionais.
A partir delas, o indivíduo consegue olhar dentro de si mesmo de uma forma profunda. Afinal, esses vícios estão arraigados e nem sempre a pessoa entende a origem deles. Mas com as terapias holísticas compreende melhor o que se passa em seu interior, acessa informações que não estão claras para o consciente e promove a mudança das suas crenças.
O ponto principal para vencer vícios emocionais é saber que eles existem, o que os originou, entender que trazem prejuízos e que precisam ser combatidos. Portanto, se sua vida não está no rumo que você deseja, talvez seja interessante realizar terapias holísticas para ter uma visão completa de si mesmo, de suas emoções e superar dificuldades com mais equilíbrio e sucesso!
Entenda melhor a importância de conhecer a si mesmo. Veja este outro artigo que fala sobre autoconhecimento e como você pode alcançá-lo!