Existem diversas situações de casais que, apesar de se amarem (ou pensarem enganosamente que se amam), vivem relacionamentos que não são saudáveis.
Diante dos muitos exemplos negativos, surge uma convicção coletiva de que os sentimentos AMOR e DOR estão sempre associados. Porém, isso não é uma verdade absoluta, pois da mesma forma que existem situações que parecem validar essa crença, também existem tantas outras para mostrar que ela está equivocada.
Por esse motivo, preparamos este post para explicar quais fatores contribuem para a formação dessas crenças e para dar dicas de como eliminá-las da sua vida. Afinal, o ideal é que as relações entre casais sejam leves, respeitosas e baseadas em confiança mútua e no bem-estar de ambos.
A origem da crença de que o amor pressupõe a dor está relacionada a alguns fatores distintos. Por isso, é importante que você conheça cada um para saber quais podem ter alguma influência na sua vida. A seguir, apresentamos os principais. Acompanhe!
Muitas pessoas se mantêm em um relacionamento doloroso pelo medo de ficarem só.
Com isso, se envolvem em qualquer relação sem desenvolver o amor-próprio, sem respeitar os seus sentimentos e limitações, e por medo da solidão, este tipo de amor é alimentado ainda que ocorram episódios de desconfiança, ciúmes exagerados, cenas de violência e de assédio psicológico, que se repetem e vão consolidando a dor como um dos sentimentos mais vivenciados numa relação como essa.
O medo da rejeição e do abandono também contribuem para que a pessoa permaneça em relacionamentos tóxicos ou abusivos, e passa a criar uma relação de dependência com o parceiro(a). Além disso, com os discursos e atitudes da figura do abusador, é comum que a vítima tenha baixa autoestima, despertando sentimentos de culpa e nutrindo a crença de que não existe amor sem sofrimento.
O mau humor, a instabilidade, as grosserias, indiferença ou desprezo pelos problemas vividos pelo casal sinaliza que alguém está amando demais nessa relação, mas mantém, imaginando que conseguirão mudar o outro e modificar seu comportamento.
Porém, o que conseguem, na verdade, é sentirem-se frustradas(os) porque o resultado esperado nunca vem.
Aceitar um amor que dói é, na realidade, fruto do medo da solidão, da rejeição, da não aceitação social, medo de ser ignorada(o) ou de ser abandonada(o).
O que as pessoas que se mantêm nesse tipo de relacionamento precisam é de ajuda para perceberem que estão imersas em um processo de autodestruição ao dependerem de um amor doentio para se sentirem vivas.
A origem desses sentimentos, podem estar na infância, no padrão familiar, nas experiências anteriores, em uma profunda carência afetiva ou de um sentimento de incompletude que as sujeita a esse tipo de situação como uma forma de atribuir significado às suas vidas.
A seguir, apresentamos algumas dicas de como acabar com o pensamento de que amor deve rimar com dor. Acompanhe!
Especialistas acreditam que tudo que se vive até os 7 anos de idade tem grande influência sobre o eu adulto, e essa energia viva se mantém atuante no subconsciente, o que faz com que você reproduza comportamentos e sentimentos desenvolvidos na infância.
Por isso, é importante que você olhe com carinho para a criança que um dia você foi.
Racionalmente sabemos que nossos pais deram o seu melhor, não importa o quão cheios de luz ou sombras, o que eles falavam ou sentiam, eram tomados por nós, crianças, como verdades absolutas. Eram nossos reis e rainhas, nossos heróis.
Mas certamente também houveram desequilíbrios, e que não souberam que estavam fazendo quando nos trataram de determinada forma, e que, de alguma maneira, ainda está viva em nosso subconsciente.
Se você por alguma razão não se sentiu vista(o), ou se sentiu rejeitada(o), criticada(o), abandonada(o), cobrada(o), essas dores permanecem no seu nível subconsciente.
E você, quando adulta(o), passa a atrair diversas situações para continuar sendo rejeitada, cobrada, criticada…
Pode parecer loucura isso, mas o fato é que a gente atrai o que emana, e se a ferida não for curada, emanamos a energia dessa dor.
Ao enfrentar com amor algumas lembranças e entender quais são as suas verdadeiras dores e forças, é possível entender alguns padrões de comportamento e vivenciar um processo de cura e transformação na sua vida.
Esse é o caminho para a libertação. Enxergar e acolher esses momentos com carinho e compaixão por nós mesmos.
Relacionamentos impactam o corpo humano, e a ciência explica tudo que ocorre no seu cérebro, e não no coração.
Frio na barriga, coração acelerado e o sorriso estampado no rosto.
Em termos neurobiológicos, quando alguém se apaixona, há uma reação gerada no cérebro com a liberação do hormônio oxitocina, que é conhecido também como o “hormônio do amor”. Armazenada na neuro-hipófise, também é ela que provoca parte do prazer no momento do orgasmo. Ela é responsável, entre outras coisas, pelo apego.
“Vontade muito grande de estar perto o tempo todo. Quando vê a pessoa, a mão começa a ficar suada de ansiedade”. Os sintomas descritos são resultado da descarga de dopamina e opióides no organismo. A primeira é estimulante, precursora da adrenalina. Já os opióides atuam provocando euforia e dependência. Daí vem algumas respostas do corpo, como a sudorese, a taquicardia e o frio na barriga. O cérebro responde de forma mais intensa quando é provocado por estímulo visual.
Quando as relações são positivas as substâncias químicas (neurotransmissores) que são gerados no cérebro desencadeia respostas excitatórias prazerosas, como por exemplo, a dopamina, a oxitocina e serotonina que são responsáveis por melhorar a motivação, a disposição e a produtividade e agem diretamente na sensação de felicidade, prazer e alívio da dor. Ajudando as pessoas a funcionar de modo eficiente.
Por outro lado, relações tóxicas e perigosas, reduzem os neurotransmissores do prazer e estimulam os neurotransmissores do stress, como o cortisol, que gera medo, preocupação, levam ao esgotamento mental e físico, causam apatia, alterações no sono e alteração de humor, além de falta de concentração, desânimo e incapacidade de sentir prazer.
Seu corpo sente as consequências dessas descargas químicas que podem ser prazerosas ou desastrosas.
Com base nesses sintomas, e através da auto observação, você poderá perceber se seu relacionamento é saudável para você, e se o esse amor é ou não sinônimo de dor. Claro que os sintomas de estresse, pode também ser atribuído a outros fatores, porém já é um indicativo para suas conclusões.
Invista no autoconhecimento e aprenda a viver bem consigo mesma. Aproveite o prazer de desfrutar da sua própria companhia e saiba que você não precisa estar em um relacionamento para ser feliz. Pelo contrário, as relações amorosas devem apenas complementar o seu estado de felicidade e não ser a base da sua existência.
Ao inserir a meditação na sua rotina, você adquire o hábito de esvaziar a sua mente e de se concentrar no momento presente.
Esse exercício apresenta algumas vantagens como:
Além disso, essa prática é muito importante para que você consiga entender quais são os seus padrões de comportamento e quais áreas precisam de maior atenção na sua vida. Dessa forma, a meditação ajuda a eliminar alguns pensamentos negativos, como o de que o amor é sinônimo de dor, e contribui para uma vida mais tranquila e saudável. Portanto, não deixe de inserir essa atividade no seu dia a dia.
Para eliminar a crença limitante de que o amor e a dor são sentimentos intrinsecamente relacionados e para saber como se relacionar de maneira saudável, não deixe de contar com o auxílio de profissionais especializados.
Esses especialistas podem ajudá-la a entender as influências da sua infância na sua vida atual. Além disso, podem facilitar o processo de reprogramação das suas crenças, estabelecendo novos padrões em sua mente para que você desfrute de uma existência feliz e saudável.
Como você pode perceber, amor e dor não são sinônimos. O que ocorre é que, em geral, as pessoas nutrem essa crença a partir de situações reais de relacionamentos que não são saudáveis. Porém, é importante que você tenha em mente que ficar só consigo mesmo é algo bastante libertador. Ao se conhecer melhor, é possível construir relações verdadeiras sem o pensamento limitante de que devam pressupor dor ou qualquer tipo de sofrimento.
E aí, gostou deste post? Entendeu que os relacionamentos amorosos não precisam ser carregados de dor e sofrimento? Então, não deixe de nos seguir nas redes sociais para ter acesso a mais conteúdos como esse. Estamos presentes no Facebook e no Instagram. Até a próxima!